quarta-feira, junho 29, 2005

Vivaaaaa!

Viva por eu estar viva, viva por eu ter saúde, viva por eu ter uma família maravilhosa, viva por eu ter amigos maravilhosos, viva pela vida, viva pelo amor, viva pela amizade, viva pelo respeito, viva pelo carinho, viva pelo mundo, viva Fortaleza, viva o Brasil, viva o Orkut (=P), viva os livros, viva a música, viva tuuuuuudoooooo!
Ps: =DDDD

Por que caímos? Para aprendermos a levantar...

E como essa máxima é verdadeira! Quantas vezes caí tão desastradamente que pensava nunca mais poder me levantar...Quantas vezes fiquei tão desesperada, achando que as situações em que me encontrava nunca iam mudar, achando que eu nunca ia vislumbrar a luz no fim do túnel...Quantas vezes fiquei sem esperança, achando que o amanhã nunca viria, que eu ia continuar daquele jeito pra sempre...E, no entanto, segui em frente. Continuei. Posso até não ter superado, ter sido obrigada a engolir as coisas garganta abaixo, mas segui em frente. E me levantei. É assim que tem que ser, temos que seguir em frente, continuar, aprender a levantar, ter esperanças de que o amanhã vai ser muito melhor, muito mais ensolarado, muito mais feliz...
Ps: Victor, obrigada por me lembrar da frase!\o/
"Não há mal que dure pra sempre...."

terça-feira, junho 28, 2005

Felicidade...

Nos ultimos tempos, tenho me perguntado se sou feliz. Provavelmente isso se deve aos problemas que venho enfrentando. É sempre assim: quando temos algum problema, por menor que seja, começamos a nos questionar se somos felizes. No entanto hoje, depois de ver um ser humano que nem eu, de carne e osso, jogado numa calçada, me penitenciei amargamente por esse questionamento. Me envergonhei profundamente e vi o quão idiota sou ao me questionar esse tipo de coisa. Claro que sou feliz! E abençoada! Tenho casa, uma família maravilhosa, saúde, amigos que sei que vão estar sempre dispostos a me ajudar, tenho tantas coisas!!! Sou constantemente abençoada com tudo isso enquanto muitas e muitas jovens da minha idade não sabem nem se vão sobreviver a mais um dia...E eu me sentindo meio triste, achando que não sou feliz, me lamuriando por coisas tão idiotas, tão pequenas, tão insignificantes na frente da falta do que comer, da falta de moradia, da falta de dignidade humana, da falta de perspectiva...Oh, Meu Deus, como somos ingratos!
Ps: Mas reconheço que isso é inerente ao homem, achar que sempre falta alguma coisa na sua vida...

segunda-feira, junho 27, 2005

Decisões

Eu fiz uma lista de própositos para o ano de 2005. Na verdade, acho que todo mundo faz uma dessas quando o ano chega ao fim. Mas nem sei onde minha lista foi parar...E, pensando nela, vejo como é difícil traçar propósitos, tomar decisões. Especialmente para pessoas que, como eu, demoram a se decidir por algo. Mas tomar decisões e firmar propósitos é tão complicado! Você decide que vai fazer algo e, de repente, vem a loucura da vida que não te deixa levar teu plano adiante. É como se não tivessemos poder sobre nós mesmos, como se nossas vidas fossem guiadas por algo maior e mais poderoso. Por isso acho ilusório pensar que somos super - poderosos, que temos controle total e absoluto sobre nossas vidas (e muitas vezes, sobre as vidas dos outros!). Talvez seja essa nossa arrogância que nos tenha trazido pra onde estamos hoje, pra esse nosso mundo confuso e maluco. Talvez fosse melhor que não fizessemos planos, que vivêssemos somente para o hoje, não para o futuro e nem no passado. Mas talvez essa seja uma apologia à "não - tomada de decisões" (afinal, eu detesto tomá - las!). Mas penso que se não fizessemos planos, se não esperássemos tanto de tudo, se não fizessemos tantos castelos de areia, seríamos bem mais felizes...
Ps: Acho que vou mudar de curso! Vou virar filósofa!=P

domingo, junho 26, 2005

....

Essa semana foi movimentada! Reencontrei amigos que não via há muito tempo, tive boas e más notícias, falei sobre Beatles e terminei a semana fazendo novos amigos...Foi interessante! Mas o que me chamou atençao mesmo foram duas coisas, que se interligam, e sobre a qual vou refletir. Primeiro, uma conversa. Depois, um filme. Tudo era sobre a mesma coisa: ir com a maré (como se diz) ou ser diferente. Isso é básico: ou a gente vive nossa vida de acordo com as regras vigentes, essas regras que nos controlam e guiam ou a gente vai contra a maré e tenta fazer alguma coisa diferente. Ou pelo menos discutir sobre as possibilidades e tentar chegar em algumas respostas. É complicado, é cansativo, é como se fosse a luta entre Davi (as pessoas que pensam diferente, que enxergam outras coisas na vida) e o Golias (essa vida que nos engole com seus prazos, seus esteriótipos, sua loucura...) Não sei o que vale a pena. Lutar ou continuar vivendo nas regras do jogo? Não sei, talvez seja esse pensamento de dúvida e falta de coragem que torne nosso mundo o que ele é...
Ps: "O importante não é quem fabrica a arma, mas sim quem puxa o gatilho!"

terça-feira, junho 21, 2005

Saudades....

Detesto sentir saudades! É terrível! Sentir saudades de momentos, de pessoas, de lugares, de coisas...É como se lhe arrancassem algo muito importante, vital até(o que na maioria das vezes é verdade) e você não pudesse mais ter aquilo de volta...Ai, tudo é detestável: o vazio, a falta que essas coisas fazem, a consciência de que, muitas vezes, você não vai conseguir as coisas de volta...É tão deprimente...Por que a gente não pode ter as pessoas e coisas que ama sempre junto da gente? A vida não devia ser tão dura...Afinal, ela passa tão rápido! Devíamos ser somente felizes, fazer coisas felizes, ter sentimentos felizes...Devíamos poder viver sempre redeados de tudo que amamos e prezamos, mas é como eu já observei, a vida é muito cheia de mistérios...

domingo, junho 19, 2005

Pequenas coisas...

Eu sofro de insônia naturalmente. E nesses ultimos dias, não tenho conseguido dormir antes das três da manha. Ontem não foi diferente, e só consegui me deitar quase às quatro. Quando tava me ajeitando pra dormir, ouvi um galo cantar no silêncio da madrugada(muitas vezes opressivo, outras tantas cristalino e lindo...) e pensei em como nós estamos acostumados a não reparar nas pequenas coisas...Nessa nossa vida supostamente cheia de problemas e tão corrida, nos acostumamos a não reparar nas pequenas coisas maravilhosas que acontecem ao nosso redor, como o canto do galo. A gente passa pelos lugares e pelas pessoas sem realmente prestar atenção, sem se ligar a nada...É tudo muito vago, tudo muito sem compromisso...Sei lá, a vida se tornou algo meio que sem sentido...A gente levanta, sai de casa pra estudar ou trabalhar e volta pra casa pra dormir....É tão vazio, tão maquinal...Não paramos pra admirar os pequenos milagres que ocorrem à nossa volta, nem muito menos pra ajudar as pessoas que precisam, nem pra dizer "Eu te amo" pra alguem importante pra nós...E isso é tão deprimente, faz com que pareçamos máquinas sem sentimentos, sem coração, sem capacidade de amar ou de admirar nosso mundo maravilhoso e o fato de que somos eternamente privilegiados por podermos viver nele e por desfrutarmos da companhia uns dos outros...Não sei onde vamos parar, sinceramente...

Ps: Continuo filosófica!=P=D

sexta-feira, junho 17, 2005

A vida....

Essa semana foi interessante. Tive o prazer de conhecer novas pessoas, de me aproximar mais de pessoas que só conhecia superficialmente e de me aprimorar como pessoa e como futura profissional. Ah, e de brincar de Detetive e Assassino, que há séculos não brincava!=D Foram dias maravilhosos, embora no final deles estivesse muitíssimo cansada... Até as experiêcias ruins serviram (e muito) como ensinamento. E assim a vida vai, com suas evoluções e seus reveses...E quando você menos espera, começa a enxergar as coisas sob diferentes prismas... E a ver o quanto a vida é maluca...Sei lá, às vezes é tão bom viver! Saber que você é alguém, que você está vivo e que tem saúde...Mas também é difícil, doloroso, complicado...Tem dias que tá tudo maravilhoso, o mundo gira todo a seu favor. Mas tem outros em que a vida parece aqueles labirintos de pedras de jogo de Damas, em que basta você derrubar um pra que todos os outros caiam...Talvez seja esse o mistério de viver...
Ps: E eu to filosófica hoje!=P

domingo, junho 12, 2005

Very busy...

Essa semana vou participar do Enpuli e Senapulli! Muito legal, são eventos especiais para nossa área! Estamos empolgados para começar! Semana toda na trabalheira!=P

sábado, junho 04, 2005

Esse é lindo...=D

Esse texto eu criei inspirada numa mini saga que eu fiz pra Cultura, o começo tá praticamente idêntico ao texto em Inglês, mas o resto não tinha lá...Espero que gostem...


Maria caminhou lentamente em direção ao grande mar azul. Sentiu o vento morno roçando seu rosto e o calor suave do sol matutino queimando levemente sua pele. Parou e olhou mais uma vez para aquela imensidão de água a sua frente. Podia sentir cada pequeno grão de areia sob seus pés calejados. Respirou fundo e deu um grande sorriso. Ela conseguira! Ela finalmente conseguira! Estava conhecendo o mar! Sentou – se na areia morna e começou a relembrar tudo que acontecera com ela até aquele glorioso momento.
Tinha agora 75 anos. Já era avó. Tinha nascido na caatinga, na secura acre do interior nordestino. Desde pequena, aprendera a rezar para que Deus mandasse chuva para a próxima plantação. Costumava brincar descalça no chão esturricado, fingindo ser a princesa de toda aquela imensidão. Quando tinha dez anos, o pai resolvera ir ao litoral, na tentativa de conseguir melhores oportunidades para sua família. Ela, a mãe e os irmãos ficaram aguardando ansiosamente seu retorno.
Passados alguns meses, o pai retornara, com a decepção estampada no rosto. A cidade grande, dissera ele, era um lugar de gente desalmada, gente ruim, onde ninguém ajudava ninguém. Não era lugar para eles. Melhor ficar no interior, mesmo com todas as dificuldades. A única coisa boa que mencionou foi o mar. Ah, o mar! Uma imensidão de água salgada e areia, um ruge – ruge sem fim, ondas enormes quebrando uma após a outra na praia.
A menina, então, ficou fascinada pelo mar. Em seus lindos sonhos, imaginava o dia em que conheceria aquele prodígio da natureza descrito pelo pai. E seu grande sonho foi crescendo junto com ela. Acreditava que algum dia o pai voltaria ao litoral e ela finalmente conheceria o mar...Mas o pai não queria voltar. E nunca permitiria que sua única filha fosse para o litoral. E ponto final. Maria teve que se conformar e seguir vivendo.
Cresceu, casou – se com o afilhado do pai, teve três filhos homens. E, à medida que o tempo passava, seu grande sonho de conhecer o mar ficava muito distante, cada vez mais distante. Ela labutava na roça do marido, e sentia a vida dura da caantinga engolir seu sonho infantil. O tempo passou, os filhos cresceram, e Maria foi se alquebrando pela dureza de sua vida. Nem mesmo sequer se lembrava mais de seu grande sonho.
Um dia, seu filho mais novo avisou que decidira ir estudar no litoral. Achava que não tinha futuro naquele lugar inóspito, que precisava se esforçar e estudar para proporcionar uma vida melhor aos seus pais e irmãos. O marido achou um absurdo, lembrava bem das histórias de sofrimento que o sogro contara ao retornar do litoral. Mas o rapaz era teimoso, e conseguiu convencer o pai à deixa – lo ir. E partiu, deixando Maria com um pedaço a menos no coração.
Com o passar do tempo, ela acabou se acostumando com a idéia de ter o filho longe. Afinal, não tinha muito tempo para pensar nele. A vida exigia muito dela. Trabalhava sem descanso, ajudada pelos dois filhos. Tiveram que trabalhar ainda mais depois que o marido morreu. O filho no litoral dava noticias com pouca freqüência, e depois de algum tempo, as noticias pararam de chegar. Maria foi engolida pela dureza da vida na caatinga, quase que esquecendo também de seu ultimo filho.
Depois de muitos anos, seu filho voltou do litoral. Voltou muito mudado, com roupas diferentes, emprego estável e um carro muito bonito. Maria ficou feliz. Era bom saber que seu filho era feliz e que estava bem. E ficou surpresa quando o filho disse que também queria fazer sua família feliz. Viera decidido a levá – la, junto com seus dois irmãos, para o litoral. Iriam todos morar com ele, até que conseguissem tocar suas próprias vidas. Maria teve medo, mas o filho conseguiu convecê – la logo. Era melhor assim. Teriam uma vida melhor. E quando ela estava arrumando seus poucos pertences, lembrou – se subitamente de seu grande sonho, acalentado durante tanto tempo. O sonho de conhecer o mar. E pensou que chegara a hora de realiza - lo.
Foram embora para o litoral. Ela pediu logo ao filho que a levasse para conhecer o mar. E assim ele fez. Quando Maria viu a imensidão azul diante de seus olhos, mal pôde acreditar. Ela estava lá, ela finalmente estava conhecendo o mar!
Levantou – se da areia, espantando as lembranças para longe. Pediu ao filho que a ajudasse a entrar na água. Tinha medo das ondas...Ele levou – a para a água, segurando fortemente sua mão. Maria sentiu as primeiras ondas de água gelada atingirem seus pés. Nossa, então era assim?! Quando entrou mais fundo, segurando a mão do filho, sentiu uma enorme onda bater em seu corpo. Sentiu o gosto salgado da água. E pensou que tudo era exatamente como ela sempre sonhara. E teve certeza de que agora podia morrer, porque morreria muito feliz.

Ps: Daqui a duas semanas, Enpuli! =D

Essa é em homenagem aos fortalezenses...

Olha, povo, essa crônica (e eu sei lá se isso pode ser chamado de cronica!), é em homenagem aos fortalezenses ( e aos cearenses em geral!=P). Vai, vai me dizer que nunca passou por uma dessas na parada de ônibus...
- Por favor, a 55 passa por aqui?
- Hein?
- A 55!
- Ah, sim! Passa sim!
- Tem certeza?
- Ora mais, tenho sim!
- E a 03, passa também?
- Passa sim, eu vô pegar ela pra ir pra casa da minha irmã. Ela ganhou nenê agora. Pense, muie, no sofrimento da coitada! Casada cum traste que num serve de nada! Eu que tenho que ajudar com minha sobrinhazinha...Nene novo dá um trabalho! A bixinha fica chorando a noite todinha, num deixa minha irmã pregar o olho! Tadinha!
- É mesmo...
- Mas, vem cá, pronde que tu rai mermo? Porque tu ta perguntando pela 55 ou pela 03...
- Ah, é porque tanto faz, qualquer uma das duas serve...Se bem que a 55 é melhor pra mim...
- Hum, pra mim só serve a 03 mermo. E essa porcaria demora que só, to aqui faz um tempão, plantada nessa parada sem vivalma, e nada dela...E já to aperriada, a coitada da minha irmã ta sozinha com a nenê, deve ta doidinha la...
- É mesmo...
- Bem que minha mãe, que Deus a tenha, avisou pra minha irmã! Disse tanto que aquele sem vergonha safado num servia pra nada! Disse pra minha ima num se juntar com ele, que ele era um traste! Mas minha irmã tava ceguinha, abestada que só! Agora, o traste só bebe que nem gambá e dá trabalho!
- Vixi, olhai a 55! Beleza, já to mei atrasada mesmo...Tchau!
- Ei, mas tu num me disse pra onde vai! Afeee, que menina mais besta!